sábado, 28 de agosto de 2010

Hitori no Kokoro (coração solitário/sozinho)

Imagem: http://www.deboratozzeretratosartisticos.blogspotot.com por Débora Jackeline Tozze.

Acordei,
Mas uma vez havia me mexido durante a noite...
Meus cabelos, negros, se encontravam cheios de grãos.
Não me acostumei ainda!

Quando tempo ainda vai levar?
Minha vida me traz dor até para dormir...
Por que não posso ter mais conforto?
Não consegui nem descansar...

Mas uma vez, então, me coloco meu kimono*,
Me apresso, tenho muito para fazer...
Quantos treinos, ensaios, aulas...
Eterna busca de perfeição.

Mas, ao sair da casa da Okaasan* que é mais trabalhoso...
Preciso me trocar, me pintar...
Andar graciosamente, ser delicada.
Fui criada para encantar.

Sou símbolo do meu país,
E, no país, a mulher mais desejada...
Minha pele, minha leveza...
Meus pequenos passos e rosto sereno.

Este rosto, redondo e tão branco...
Marcado por dois belos e puxados olhos negros,
Meus lábios, carnudos e tão vermelhos...
Como será que me veriam por baixo de tanta maquilagem?

Se eu pudesse, gritava!
Corria, me libertava....
Mas não posso,
Tenho que continuar a ter a voz suave.

Tenho que cantar para eles,
Dançar, servir o chá.
Eu só queria poder ser mulher...
Não precisava ser tão simbólica...

Venha, Danna*,
Mas me leve com você.
Não deixe a Okaasan* brigar de novo.
Por favor!

Me deixe ser sua Tsuma*,
Não preciso ser Geisha* para a vida toda...
Sou, antes de tudo, uma Onna no Hito*.
E sou sua.

Hanny Writter (Erika Amaral)
28/08/2010

*
Kimono = "ki" vestir, "mono" coisa, ou seja, vestimenta oriental.
Okaasan = mãe, no caso das geishas, a dona da casa de ensinamentos.
Danna = senhor, marido, protetor.
Tsuma = esposa.
Geisha = gueixa, jovem especializada em entreter homens. Criada e ensinada para ter domínio de várias artes. NÃO são prostitutas.
Onna no Hito = mulher.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Bolinho de chocolate


Tudo mundo encontra na vida pequenas coisas que trazem felicidade. Um abraço de alguém especial, aquela risada da amiga preferida, o sorriso de alguém querido, o olhar ou até mesmo uma expressão engraçada que alguém usa. Pequenas coisas, simbólicas, que passam despercebidas pelos outros, mas que você consegue captar. Cada uma dessas pequenas coisas se tornam bolinhos de chocolate, simples, pequenas mas cheias de felicidade.
Cada pessoa tem um segredo diferente para fazer seus próprios bolinhos, então eles nunca serão iguais, mesmo que sejam muito parecidos. Os sabores serão únicos e lhe proporcionarão sensações exclusivas e misteriosas. Um sabor que vai fazer com que você queria sempre "morder mais um pedaço".
Mas como esses bolinhos são feitos? Qual é a receita? Como fazer seu próprio bolinho de chocolate? Bem... é quase a mistura das meninas super-poderosas! [hehe] Faça uma massa com carinho, boas intenções, atenção, palavras doces e sinceras, abraços apertados, alegria, açúcar, tempero e tudo que há de bom! hahahaha
Poxa, isso era para ser um texto sério, já perdi o raciocínio e a seriedade da coisa. Mas acho que ainda consigo passar a mensagem que queria. Faça seus bolinhos e presenteie as pessoas que ama! Vale ser da forma literal ou não, ok? hahaha
Bons bolinhos!
Ps.: Sem poesia para este post =/
Erika Amaral
17/08/2010

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Partes...


Eu me lembro dos seus olhos,
Dos seus cabelos,
Do seu rosto, do sorriso,
Lembro-me de seus gestos,
Da voz, do toque, do abraço,
Mas não consigo me lembrar do cheiro,
Do perfume, da sensação,
De respirar no seu pescoço,
De fechar os olhos e sentir você,
Todos os seus detalhes,
Tudo, cada pouquinho,
Já faz parte de mim,
Mas teu cheiro ainda foge
Fazendo com que eu não possa possuir
Tudo o que você tem,
Impedindo-me de ser dona,
Deixando-me cada vez mais longe de você.

Hanny Writter (Erika Amaral)
20/07/2010


Oiiiiiis! Desculpe pelo atraso para atualizar! Mas aí está! :)
Beijiiinho

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Incerto


Pensar,
Sabendo que não posso ter.
Sonhar,
Com a certeza de nunca poder realizar.

Sentir,
Tão intensamente,
como se fosse até verdade,
Sem realmente tocar.

Teu cheiro, teu jeito,
Olhos, caras, bocas...
'Meus apelos'
Olhares, palavras.

E vem o desespero,
Mãos, pernas e braços,
gritos impacientes,
marcas, vontades!

E, na espera de um final feliz,
me aproximo, devagar,
te olho nos olhos, sorrio,
E vou embora.

Hanny Writter (Erika Amaral)
02/01/2009

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Hipérbole


[Imagem: "O Grito" Edvard Much]

Não é escolha,
é necessidade.
Não é vontade de comer
é fome.

Não é sede,
é desespero.
Mais do que querer,
é precisar!

Não é por gosto,
é por paixão.
Nem só dó,
é compaixão.

Antipatia não basta!
Ódio é melhor...
Desespero, desgosto,
desgraça, exagero.

Não é escrever em folha,
é tatuar no coração,
romper o peito, mais brutamente.
Pouca coisa é fim de vida.

Hanny Writter (Erika Amaral)
09/01/2009




Olá, seres humanos!
Essa sou eu tentando aprender a usar o blog!
Tenho apanhado bastante, viu? Mas não vou desistir!
hehehe
Espero que estejam gostando do pouco de mim que deixo aqui.
Abraço!

domingo, 1 de agosto de 2010

Espera...


Tudo vira cansaço
O grito, o choro,
Barulho!
Inferno incansável.

Agitação, pessoas,
Movimento, inércia urbana.
O relógio não estaciona,
O tempo não pára.

Cores, vozes, passos.
Cabeça pesa, o copo padece.
Luzes, passagens, carros
No ritmo dos franceses?

Paciência, calma!
A esperança do descanso,
o tempo passa,
Espera eterna de paciência...

Hanny Writter (Erika Amaral)
09/01/2009