terça-feira, 16 de agosto de 2011

É, e amor.

"beijando levemente os lábios cor de carmim"

Ela sorria, enquanto o vento soprava seus cabelos, os olhos, os lábios, os movimentos do corpo, a luz da lua... Ele a amava, e não podia parar de assistir a moça, que dançava na varanda do quarto. Ele apoia o corpo no portal e acompanha com os olhos cada pequena parte do corpo dela, desejando que pudesse tomá-la nos braços e deixar o mundo acabar enquanto os dois se amam. Ela sorri novamente, pára de dançar, olha para ele e pergunta "O que foi?" ele só balança a cabeça negativamente, como quem diz "Nada" e sorri de volta. Ele levanta o corpo, repousado sobre o portal, dá um ou dois passo em direção à ela, a puxa pela cintura e a abraça, beijando levemente os lábios cor de carmim, "Só pensando na sorte que eu tenho", ela sorri, envergonhada, e responde "Sorte? De que? Não sou nada demais, você sabe..." ele beija repetidas vezes o pescoço dela, fazendo cócegas, e fala, entre os 'estalinhos' "Eu que sei, posso te achar linda?". Ela sorri e o beija.

Ele a puxa para dentro, pela mão, ela o acompanha sorrindo. Ele a abraça novamente e volta a beijá-la, o abraço fica mais apertado, as mãos passeiam pelas costas, ela segura a nuca dele e suspira entre um beijo e outro, ele a puxa para mais e mais perto e escorrega os beijos para o pescoço e orelha, mas sempre retornando à boca. Ela o abraça forte como quem pede para não ser abandonada nunca, ele sussura "Eu te amo", ela sorri e responde "eu também".

Ela acorda de manhã, sorri ao ver que está ao lado dele, percebe o quanto é bom amar alguém daquela forma, mas ainda tem medo de que tudo seja ilusão... Mas o que importa agora é que ela o ama. Nada mais é importante ali, só o calor dele, o carinho e os planos que fazem juntos.


Hanny Writter,

16/08/2011


segunda-feira, 25 de julho de 2011

Se é amor...




"
Linda, amada, apaixonada, entregue, meiga... Essa é a menina que o fez perder a cabeça"

Ela andava, calma, segura, nostálgica... Um pé de cada vez, primeiro as pontas, depois o calcanhar, três passos, uma pirueta. Ele a observava, hipnotizado, mãos nos bolsos, passos curtos e demorados, para que pudesse continuar observando de longe. A moça colocava os dedões do pé afundados na areia e sentia as ondas que batiam nas pernas e voltavam para o mar, o rapaz sorria e imaginava a cintura dela envolta pelos braços dele.
Ela olha para ele e sorri, o chama para perto, com uma carinha de "preciso de você aqui", ele não pode negar. Vai em direção à moça, encaixa os braços gentilmente na cintura dela, a abraça forte, cheira o pescoço dela antres de beijá-la, fazendo-a sorrir. Os braços da moça se acomodam nos ombros largos dele, uma mão pende pelas costas, a outra entrelaça os dedos nos cabelos dele. O sorriso dela não deixa dúvidas, ela é completamente apaixonada por ele, ele também sorri, mostrando, pelos olhos atentos, que a ama.
As ondas continuam a molhar as pernas, agora dos dois, e voltar para o mar, num convincente convite para os dois entrarem na água. Ela olha para o mar, volta a olhar pro rapaz, mordisca o lábio e sorri, ele responde "Quer mesmo ir?" e ri de uma maneira que a faz ter certeza de que ele é tudo que ela sempre quis, "Quero! Mas você vem comigo!" o beija, se afasta um pouco do alcance das ondas, tira o vestido de saída de banho, joga na areia junto dos sapatos, solta os cabelos e volta correndo, segura a mão do rapaz por um instante e entra, sozinha, no mar, chutando as ondas e jogando água pra cima. Ele a observa por uns segundos, a pele esposta, as curvas do corpo, a tonalidade alaranjada que o rosto dela ganha por causa do pôr-do-sol. tira a bermuda e camiseta, põe junto das coisas dela e vai atrás dela, a abraçando, jogando água, fazendo tudo que pode para continuar a ver aquele sorriso que ilumina o rosto feminino.
Linda, amada, apaixonada, entregue, meiga... Essa é a menina que o fez perder a cabeça, para quem entregou o coração e tudo o que ele deve fazer agora e deixar transparecer para a moça que ele também continua a ser aquele rapaz que vale a pena. Os corpos encostados, braços entrelaçados, lábios fundidos, as pernas dela em volta dos quadris dele, palavras e juras de amor trocadas... Sabem que não são perfeitos, sabem que nada é para sempre, sabem que a vida é cheia de separar as pessoas, mas nada é capaz de fazê-los pensar que não são perfeitos um para o outro.
"Eu te amo" ele sussura no ouvido dela, "eu também te amo!" ela responde entre sorrisos e o abraça. O sol se põe, a lua brilha no céu, os dois, deitados na areia, permanecem juntos.


Hanny Writter, 25/07/2011

quarta-feira, 20 de julho de 2011

De quem é a culpa?


"Você e sua mania de pensar que me intimida..."


Ela olhava fixamente nos olhos dele... Sabe quando se olha tentando ver além do rosto? Simplesmente o encarava, aquilo, ao invés de fazê-lo sentir-se incomodado, dava cada vez mais força, como a tentativa dela de intimidá-lo o fizesse ter a certeza de que ela o queria. Ela colocou mais ironia no olhar e arqueou a sobrancelha, como quem diz "Ah, então você se acha foda, é?" e ele sorriu.

Por fora ela era pedra, forte, segura, certa, inalcançável. Por dentro... ah, por dentro ela era lava, quente, insegura, ardente e louca, completamente louca... por ele. O mesmo ele que continuava a sorrir, que continuava a provocar e a fazê-la querer entrar em erupção, de raiva, vontade, ou os dois. Foi quando ela tentou dizer "O que..." "Shiu" ele a interrompe enquanto toca levemente com o dedo indicador nos lábios avermelhados dela, parecendo aproveitar muito mais o passeio pela carne rubra e macia do que de fato querer calar a mesma, "Você e sua mania de pensar que me intimida..." sorriu e ela quis esmurrá-lo, "Sua sorte é que você é linda demais... E sempre me deixa louco quando fica assim, nervosinha." ele termina de dizer e chega um pouco mais perto, a fazendo tremer por dentro, mas ela insiste na máscara que usa. "Nervosinha o cara*" ela pensa enquanto levanta mais ainda a sobrancelha esquerda, revira os olhos e balança a cabeça. "Você e sua mania de pensar que eu sou vulnerável a absolutamente tudo que você faz..." ela responde e, com as pontas dos dedos, empurra o rapaz para trás, "Amor, você não precisa fazer de conta que não quer me beijar, eu sei que você quer..." ele sorri, faz aquela cara de cachorrinho abandonado e chega mais perto, perto o suficiente para deixá-la completamente envolvida pelo garoto. Ele e o hálito fresco que a faz lembrar de tudo aquilo que ele a faz sentir.

Ela já havia quase fechado os olhos, quando 'recuperou' a consciência e o empurrou pelo ombro novamente, "Querido, acho melhor você parar com esse teatrinho de 'meu amigo disse que funciona', ok?" ela continuava séria, "Se for para errarmos nesse relacionamento, que sejam erros NOSSOS..." ela desencosta da parede, chega perto dele, ainda com cara de brava, e continua, praticamente apontando o dedo para ele, "Você poderia ser o namorado perfeito, sério, tem tudo pra ser! O único defeito que te faz ficar longe disso é ouvir seu amigo." ele se sente praticamente ofendido, quem ela pensava ser para falar dos amigos dele? Mas ela continua "Ele pode ser gente boa, ser o que for, mas ele não me conhece, ele não sabe o que vai me fazer querer estar com você, ele não é o meu namorado."

Ela suspira, olha mais uma vez para a boca do rapaz, que sempre a deixa zonza só de lembrar do toque, mas, ao invés de ouvir o próprio instinto que gritava "vai, esquece isso, beija ele, abraça ele, aceita que ele é seu!", ela virou as costas, fechou os olhos e começou a andar. Não rápido o suficiente para sumir da frente dele antes que ele caísse na real, a puxasse pelo braço e atendesse ao que o instinto queria. Com certeza o beijo mais sincero, com a maior demonstração de carinho, mais real, que ela já havia recebido. Ele desencosta os lábios dos dela enquanto encosta a própria testa na da moça, passando a mão por trás da cabeça dela, entrelaçando os dedos nos cabelos compridos e cheirosos que ela tem, ainda de olhos fechados ele diz "Você tem razão, você não é dele, você é minha, e eu prometo que vou cuidar pra que você continue sendo..." ela sorri, não consegue responder nada, só encosta a cabeça no ombro dele e o abraça. Agora sim, ela sentiu que naquele rapaz ela encontrava O namorado.

Hanny Writter
agora também no tumblr!!
http://hannywritter.tumblr.com/

sábado, 9 de julho de 2011

Lá vem o Meepoint

E aê, galerinha!
Andei sumida, eu sei!!! Essa sou eu em final de semestre, entende? hehe
De qualquer forma, hoje vim aqui pra compartilhar um link! (:
Meepoint

sábado, 4 de junho de 2011

Olá, brilhinhos nos olhos!!
Essa sou eu, sumida novamente, vindo aqui dizer oi hahaha
Bem, estou empolgada com minha nova "distração" e passei aqui para contar um pouquinho para vocês! Pois é, resolvi escrever um "livro", basicamente é uma história que vai ser vivida por dois amigos que vão viajar esse mundo em busca de respostas para suas questões...
Vou dar uma de "fofoqueira" aqui e fazer um resumão do que pretendo escrever (:
Acompanha aÊ (: hahhaha

"Sem título ainda"

Tae Joong e Seong Kim são amigos desde sempre e, quando adolescentes, resolveram que iriam viajar pelo mundo quando se formassem. Passam bastante tempo guardando dinheiro e se organizando para a tal viagem. Quando, finalmente, ambos se formam, eles vão em busca de concretizar os planos que passaram anos imaginando.
Começam a viagem pela Europa e, lá, conhecem uma mulher. Uma índia brasileira, de beleza única e cheia de mistérios escondidos por trás da cultura peculiar da moça.
Junto com vários acontecimentos, eles vão descobrindo peças chaves para que possam desvendar um grande mistério da vida... por agora acho que é só hahahaha
Btw, quando tiver algo pronto, vou postar... é isso!

domingo, 29 de maio de 2011

Sorrisos indecisos




"a raiva ou qualquer outra coisa que ela sentia desaparecem, deixando espaço apenas para a vontade incontrolável de se fundir a ele"


Como em outro dia qualquer, ela acorda, apoia o peso do corpo ainda dormente na pia, enquanto escova os dentes e observa os olhos fundos e resistentes no espelho. Passa as mãos molhadas no rosto, suspira forte e começa a tirar o pijama, desliza as mãos, ainda úmidas, pela cintura enquanto entra debaixo do chuveiro.
Com a mão no registro, fecha os olhos enquanto sente o primeiro jato de água, que cai sobre a cabeça, escorrer pelo corpo, que agora sim passa a acordar. Ela permanece imóvel sob o chuveiro por uns 30 segundos, e então começa a se lavar. A água, quente, faz com que o cheiro do sabonete tome conta do box, ela respira mais forte algumas vezes para sentir o cheiro agradável.
Fecha o registro, pega a toalha macia e seca a pele, os olhos fechados de saudade, pendura a toalha no suporte e sai pelo quarto, ainda nua, em busca de alguma roupa que não a faça pensar n'ele novamente. Se veste, sai do quarto em direção à cozinha. Remexe a geladeira em busca de algo para comer, anestesiada por lembranças, nem repara quando fecha a geladeira e prepara o pão para comer.
Deita no sofá enquanto faz um pouco de carinho no cachorrinho, alegre por vê-la acordada, que a faz sorrir pelas gracinhas que fazia para chamar a atenção da moça. Adormece no sofá, abraçada ao cachorrinho e ali fica até que o telefone toca. Se levanta, atende a ligação, era engano...
Olha no relógio, pega a bolsa e sai de casa. Entra no carro, joga a bolsa de lado, verifica o retrovisor, respira forte e dá partida no carro. Quase em piloto automático, chega ao destino, estaciona o carro e percebe que seu corpo e inconsciente a levaram para a porta da casa dele, a fez voltar pra onde dizia não queria estar. Percebe que já era tarde para fazer de conta que não esteve lá, já que havia tocado a campainha e respondido o interfone antes de perceber que estava lá.
Se culpa e chama-se de idiota várias vezes até que ele abre o portão e aquele olhar que só ele tem invade a mente da garota. Os olhos, cheios de sede, dela percorrem o rosto, cabelos, boca, ombros, braços do rapaz, a raiva ou qualquer outra coisa que ela sentia desaparecem, deixando espaço apenas para a vontade incontrolável de se fundir a ele. Ele sorri, se aproxima, passa o braço pela cintura dela, a abraça forte, olha nos olhos dela enquanto se afasta um pouco e diz "Vamo entrar, acabei de por um filme pra assistir, vem" e a pega pela mão.
Abraçados no sofá, dedos entrelaçados, a cabeça dela repousada no peito dele, o filme, o carinho, o calor, a saudade, ela nem se lembra mais do porque de estar nostálgica mais cedo, isso é se ela lembra-se de mais cedo.

Hanny Writter
29/05/2011


Olá! Este nem é o texto que eu havia escrito antes, na verdade... nem me lembro de onde o guardei! haha Bem... só para atualizar (:

sábado, 14 de maio de 2011

Ops

Olá! Passei um tempo sumida, diz aí! hehe
Tenho textos para postar, espero poder fazê-lo logo (:

sábado, 9 de abril de 2011

Surpresa


"finalmente, os lábios se tocam."

Ela permaneceu imóvel, pela sensação daquele toque, como uma bailarina que espera a
condução do cavalheiro no início da dança. Ela sabia de quem eram os dedos pousados sobre seu
ombro direito, ninguém mais era capaz de lhe causar tal sensação, de calor, formigamento,
coração exaltado e acolhimento! Mas o que ele estaria fazendo ali?
Ela se vira, sorridente, para encontrar o olhar amado, recebendo o abraço forte e carinhoso
como "oi". Os dedos da moça deslizam dos ombros definidos dele até a curva do maxilar, onde os
dedos da mão direita ficam, e a mão esquerda continua o passeio até envolver a nuca do rapaz,
quando, finalmente, os lábios se tocam. Ela achava impossível que ele fizesse uma surpresa
daquela, mas entrou, feliz, no carro para aproveitar a noite que foi planejada só por ele.
Por mais que ela saiba exatamente onde vai terminar o passeio, cada um dos passos que a
levarão até o fim serão parte de uma lembrança sem igual, com certeza. Ela o ama.

Hanny Writter (Erika Amaral)
08/04/2011

terça-feira, 5 de abril de 2011

Sozinha



"é isso? só isso? depois do silêncio isso é tudo que ele tem a dizer?"


Ela passou a mão nos cabelos, desesperada, um suspiro, passos que vem e vão na sala vazia. Sozinha, dolorida e sem certezas, que diabos seria isso tudo? Essa coisa de altos e baixos sempre consegue ser cruel, sabe? Ela checa o celular mais uma vez, o coração pula ao ver a foto dele, mas logo se aperta, por não haver nenhuma mensagem ou ligação vinda do mesmo garoto que sorri no fundo da tela. O que ele está fazendo agora?
A garota se joga na cama, cansada de criar teorias que tenham finais felizes, que tenha uma finalidade para o amor que ela carrega no peito. O coração é um fardo pesado, vivo, indomável, não segue regras, não obedece, não se deixa calar. O coração grita, esperneia, explode dentro da garota, que não consegue ser forte o bastante para tentar segurá-lo, fazê-lo se calar, ficar quieto dentro do peito e aceitar que a dor que ela sente já é o bastante.
Enquanto ela rola sozinha na cama, procurando conforto, o celular apita, ela, estática, precisa conter novamente o coração, que salta loucamente por dentro, ansioso pela mensagem. Ela respira fundo antes de criar coragem para ler, primeiro o destinatário, depois a mensagem. Observa a luz da tela se apagar e, só então, pega o aparelho, continua olhando a tela apagada, vendo o reflexo dos seus olhos apreensivos, "Será que é ele mesmo?" fecha os olhos enquanto aperta o botão, conseguindo perceber a iluminação da tela pela pálpebra cerrada, suspira e abre os olhos, conseguindo ler o nome dele. Se apressa para abrir a mensagem "Tá acordada?", ela passa a mão pelo rosto e pensa "é isso? só isso? depois do silêncio isso é tudo que ele tem a dizer?" mas só consegue responder "Estou."
Não importa o quanto ela tente ficar nervosa, o quanto ela tente brigar com ele, o quanto ela queira odiá-lo as vezes, ela simplesmente o ama e não pode mudar isso. O rapaz é seu dono, o coração, o capitão, ela a escrava e não consegue nem ter certeza se quer alforria.

Hanny Writter, 05/04/2011

sábado, 2 de abril de 2011

A ansiedade


"Eu sempre fui sua..."

Ela se olha no espelho mais uma vez, os dois lados do rosto, do corpo no vestido, os sapatos,
brincos. Sorri, fecha os olhos e se prepara para sair de casa e encontrá-lo. Tenta imaginar como
seria a vida dela se nunca tivesse voltado atrás, voltado para ele, mas não consegue imaginar,
pois a alegria que explode dentro peito quando pensa que estão juntos é sempre maior. Dirige
pelas ruas que levam até onde ele está, o ritmo cardíaco aumenta enquanto a distância diminui,
sorrisos inquietos, olhares constantes para o retrovisor, o pé que pesa sobre o acelerador, dedos
que apertam o volante...
Agora, com o carro parado rente ao meio-fio, motor desligado, ela olha para o céu pelo pára-brisa,
suspira e sussura "Cheguei...", mordisca o lábio, se olha rapidamente no espelho, ajeita a franja
que cai sobre o rosto, pega a bolsa e sai do carro. Anda em direção à porta do restaurante, onde
pára pela última vez para tentar conter o coração louco, desesperado e esfomeado de saudade.
Levanta a cabeça, sentindo-se poderosa por causa do salto alto e entra pelo restaurante, segura
de si mesma. Quando os olhos dela pousam sobre a imagem dele, sentado de costas para a porta,
olhando pela janela, distraído. Os ombros largos, a camisa social clara de mangas dobradas até
metade do antebraço, a calça jeans, os cabelos bagunçados, ela sente como se os joelhos
fossem gelatina.
Mais do que depressa, ela vai ao encontro dele, chega silenciosa, passa os braços pelos ombros
do rapaz e beija o pescoço dele, um toque leve dos lábios, na fonte do cheiro que só ele tem. "Que
saudade", ela diz ao passar os lábios suavemente pela orelha dele, ele beija as mãos dela, se
levanta e a olha enquanto sorri.
Em instantes ele a olha, o vestido curto e levemente decotado, o pingente que enfeita o colo, os
sapatos de salto, as pernas, o rosto corado, os olhos lindos, os cabelos que caem sobre os ombros,
ele passa o braço pela cintura dela e a puxa para perto, "Você tá linda..." ele diz enquanto a olha
nos olhos e desliza os dedos pelo contorno do rosto dela, que sorri e abaixa a cabeça deixando com
que a franja caia sobre o rosto. Ele afasta os cabelos dela, escorrega a mão até a nuca da garota e
se aproxima, olhando para os lábios dela, enquanto ela fecha os olhos e sente a respiração dele, o
hálito fresco no rosto, o toque dos lábios, a língua úmida.
Não fazem idéia do tempo que se passou entre o beijo e agora, os dois abraçados, o lençol que
cobre a união dos corpos, as mãos dadas, a sensação de "felizes para sempre". Ele mordisca a
orelha dela enquanto sussura "Quero você pra sempre", ela sorri e repete "pra sempre!". ela se
vira de frente para ele, mexe nos cabelos bagunçados dele, olha para cada traço daquele rosto
amado, o beija e diz "Eu sempre fui sua...". Ele a abraça, beija-a na testa, a aperta contra o peito
e canta baixinho alguma música que ela possivelmente vai se lembrar quando estiver sozinha em
casa.

Hanny Writter, 02/04/2011

quarta-feira, 30 de março de 2011

Próximo de conto de fadas


"Bom dia, gatinho! Espero que tenha dormido tão bem quanto eu!"

No dia seguinte, ela acorda com uma sensação extremamente boa, mistura perfeita de felicidade e prazer. Após se espreguiçar como um gato, se vira na cama e vê a materialização da solução de todos os seus problemas. Os olhos fechados, rosto sereno de quem ainda dorme, pescoço convidativo, ombros largos, peito nu, músculos bem trabalhados, mãos soltas, uma sobre o peito e a outra esticada ao lado do corpo, corpo que emana o calor mais confortável e acolhedor que ela conhece, o corpo dele. Ela se aproxima, passa um braço sobre o tronco dele enquanto acaricia os cabelos lisos com a outra mão e ali fica, como se quisesse segurar aquele momento para sempre, mas ela não pode... O fim de semana acabou.
Depois de passar o máximo de tempo que podia deitada ao lado dele, ela junta as suas coisas, volta ao quarto, afasta os cabelos dele e dá beijos de despedida, um na testa e outro nos lábios, com todo cuidado para não acordá-lo, e sai. Sai com a sensação do toque na pele, e o coração batendo apertado de saudade. Sentada na poltrona do avião, repete o que fez quando estava fazendo o percurso inverso, pega o celular, beija a ponta dos dedos e os desliza sobre a tela, cujo o fundo é uma foto dele, pensando em quando o verá novamente.
Não tem nem uma hora desde que ela saiu do apartamento e, dentro dela, parece que faz uma eternidade, mas ela sorri ao pensar em como vai ser quando ele acordar... Enquanto ela pensa nas probabilidades no avião, ele acorda, naquele quarto que ainda tem o cheiro dela. Acorda e se vira para o lado dela na cama, como se conseguisse abraçar a essência que ela deixou ali. Mesmo sabendo que ela não está e que vai fazer falta, ele sorri, sorri porquê vê um bilhete em cima do criado mudo, ao lado da cama.
Se levanta, apanha o bilhete e lê "Bom dia, gatinho! Espero que tenha dormido tão bem quanto eu!" ele sorri, sabendo que ela só dorme realmente bem quando estão juntos, tirando isso, a insônia é mais forte, "Bem, adoraria estar contigo agora, pra te dar um beijo de bom dia! De qualquer forma, espero que você possa sentir um pouco de mim até nos vermos de novo. Já estou com saudade! Sua Ela". Ele olha de novo pro papel, o coloca cuidadosamente sobre o criado-mudo de novo e se levanta.
Entra no banheiro, e, quando pega a escova de dentes, nota outro bilhete, colado no espelho. Se aproxima mais e lê "Olha bem pra este espelho..." ele desvia os olhos do bilhete por alguns segundos e volta rapidamente a lê-lo, "Este rosto que você vê é tudo que eu queria poder encontrar todos os dias ao meu lado... E você fica ótimo com o cabelo bangunçado! hehe Sua Ela" ele ri, lembrando dela mexendo no cabelo dele enquanto sorria.
Ele se arruma e vai para a cozinha, lá ele encontra a mesa feita e mais um bilhete. "Se cuida... E espero que você goste de pão-de-queijo, haha! Sua Ela" ele toma o café, recolhe o que precisa e vai pra porta de saída, onde encontra mais outro bilhete, pregado na porta, sabendo que este será o último. "Tenha um bom dia, espero te ligar quando chegar em casa, só pra dizer que cheguei bem, sabe? Essa enrolação toda foi só pra dizer uma coisa: Eu te amo! Sua Ela" ele desliza a mão pelo bilhete e leva a mão até maçaneta, com a certeza de que aquilo era tudo que precisava saber.

Hanny Writter, 30/03/2011

sábado, 26 de março de 2011

Bandeira branca




"Oi, sei que não devia te procurar, né?"


E ela se lembra novamente dele. O "ele" que ela não consegue substituir, esquecer, apagar, enterrar, ele! Não importa o quanto outros a tentem entreter, ocupar, flertar, conquistar. Como agora, em que ela se deu conta de que não pode evitar voltar para ele, como ela percebeu isso? Conversava com um outro, "qualquer outro" como parecia ser para o coração da moça, e ao olhar nos olhos deste outro, ela não encontrou nada do que procura.
Como o "nada" pode ser vazio, triste, insatisfatório... e ela não queria o nada, não mais. Precisava voltar para ele, o ele de sempre, o ele da música, do sofá, das risadas, das promessas que não foram feitas, dos sonhos e idealizações. Ela precisava voltar para ele. Um sorriso nostálgico e levemente dissimulado ilumina o rosto feminino, fazendo "o outro" ficar confuso, ela se levanta, pega sua bolsa e sai, conseguindo apenas falar "Foi ótimo estar com você, mas preciso ir". Ir.
Procura o número dele na agenda, se apressa para mandar mensagens pelos ares, para buscá-lo e trazê-lo de volta. "Oi, sei que não devia te procurar, né?" ela sorri e morde o lábio, "mas sinto sua falta." mensagem enviada, agora ela nem precisa de um táxi. Corre pelas ruas enquanto planeja a viagem, checa a carteira, chega em casa com a sensação de ter descoberto a melhor das sensações.
Põe tudo que vê dentro da mochila, enquanto avisa a quem fica que está indo. Indo. Com o maior dos sorrisos, se senta na poltrona do avião e olha mais uma vez a foto dele antes de desligar o celular, "Já estaremos juntos de novo", beija a ponta dos dedos e os desliza pela tela antes de alcançar o botão de desligar.
Todas as nuvens do caminho são perfeitas e se parecem com alguma coisa, como os olhos dele, o sofá da sala, o ursinho de pelúcia que ela deu, o edredom enrolado...
O coração pula no peito feito pipoca na panela em dia chuvoso de ficar abraçado assistindo tevê, o avião pousa, inquietude total dentro dela. Ela recolhe suas coisas e se prepara para encarar a cidade.
Chega ao prédio dele, examina cada um dos andares até olhar para a janela dele, imaginando o quanto dela ainda está lá dentro. Passa pelo portão, ouvindo o eco de cada um dos seus passos no saguão, hesita antes de entrar pelo elevador, volta ao balcão e pede para alguém avisá-lo que ela está . Sim, ela foi! A recepcionista sorri e ela sabe que tem permissão para subir, entrar no apartamento e na vida dele mais uma vez.
Quando se depara com a porta, pensa se deve entrar ou tocar a campainha, abaixa a cabeça, fecha os olhos e engole uma lágrima antes de se decidir... mas a porta se abre antes mesmo que ela possa se preparar. Ela levanta a cabeça, surpresa, e seu olhar encontra o dele. Ele sorri e a abraça, "Senti saudade também" ele diz ao passear com os dedos pelo rosto dela, acompanhando o rastro da lágrima que ela não conseguiu conter. Lágrima de felicidade, medo, arrependimento e vontade de tentar de novo. Ela só sorri e o abraça como se quisesse fundir o corpo ao dele.
Os dois entram pela sala, mãos dadas, comentam sobre algumas lembranças que encontram no tapete, no sofá, no aparador, na janela. Ele não precisa falar mais nada, ela sente, talvez ele a ame.

Hanny Writter, 26/03/2011

quarta-feira, 16 de março de 2011

Quem sabe a verdade?


"Algumas vezes na vida você só precisa de que as coisas aconteçam de forma diferente, sabe?"


Ela continuava parada, encostada na porta, como se esperasse alguma solução cair do céu. Não dizia nada, nem tentava, parecia querer chorar desesperadamente... como criança, que se joga no chão e grita até conseguir o que quer, o problema é que nem ela sabia o que queria. E ele continuava sentado no sofá, esperando ela se pronunciar, afinal não havia como argumentar contra ou a favor de algo que não se sabe o que é. Ela suspirou, como se o ar a machucasse por dentro, mordiscava novamente o lábio, "Não consigo explicar tudo isso, não sei quando começou..." ela disse, "se é que começou...", aquilo saiu como uma guerra de navalhas dentro dela.
"Em um dia a gente conversava como se não houvesse possibilidades de isso tudo ser mais do que amizade, no outro você disse me amar", ela sorriu, sorriso de desilusão, sabe como é? "Mas num terceiro dia, você simplesmente sumiu... sumiu..." olhares sem rumo, procurando algo no chão. Mas como ele poderia ter feito isso? Não foi ele quem disse que ela era especial? Que algo nela o fazia querer sorrir, estar perto, segurar as mãos, abraçar? Como ele podia mudar de idéia como se fosse um par de sapatos?
"E depois viram e dizem que as mulheres são de lua, são complicadas...", ele olhou pra baixo, levantou a cabeça e o olhar de repente, como se fosse começar a falar, mas ela continuou antes "Eu te contei que era sempre assim, lembra? Ou eu não me apaixono, ou simplesmente o cara some, agora quero saber o que aconteceu com o garoto que prometeu que seria diferente!", esse garoto seria ele? Será que ele realmente havia prometido algo? Não houve promessa, mas algo que ele fez ou disse fez com que parecesse que ele se importava ao ponto de querer mudar a situação.
"Algumas vezes na vida você só precisa de que as coisas aconteçam de forma diferente, sabe?" ela disse enquanto a sua voz deixava claro que ela queria chorar, "eu só queria acreditar que podia ser diferente, que eu podia me apaixonar e isso me faria feliz. Eu não queria motivos pra escrever, a não ser que o motivo fosse você comigo." Na cabeça dele o "comigo" se repetia diversas vezes, como um eco, como se ele estivesse sozinho no meio do nada e as palavras fossem gritadas de algum lugar. Ele podia se importar, mas era melhor ela acreditar que não era verdade.
"De que adianta você ser perfeito pra mim se não quiser ser meu?" aquela frase soou mais sufocante e possessiva para ela do que para ele, talvez ele nem estivesse mais a ouvindo, deveria estar pensando no tom do próximo verso daquela música. Ela se desencosta da porta, anda de um lado para o outro, parecendo buscar uma saída de emergência, se senta no chão, vencida pela pancada que vinha de dentro para fora. "E por que eu acreditei em algo que você não me disse? Por que eu fui iludida pela história que criei dentro da minha cabeça? EU SABIA que você ia me deixar assim, você já tinha feito isso antes..." suspirava forte, "já tinha feito antes!".
Ele parou de olhar pro papel em cima da mesa, respirou fundo, olhou para a garota patética, sentada no chão, cabelos parcialmente presos em rabo-de-cavalo, a franja toda na cara como sempre usava, engraçado como aquele cabelo bagunçado a fazia parecer bonita, "Você mesma já disse, eu não prometi nada, eu não podia. Eu não falei o que não podia cumprir, não fiz juras, não disse que iria ficar. Se eu disse que te amo, talvez eu ame, ou só fale sem certeza... Assim como você não sabe o que sente agora, eu posso ter me confundido com que senti...", ele parou de falar e a olhou, esperando resposta. "Eu posso ter confundido o que senti?" ela pensava, indignada, "Como alguém pode confundir isso?" julgava sem perceber que ela possa ter confundido o amor também. "Olha..." ela começou a falar novamente, "Não sei o que você tava pensando, qual era sua intenção... mas..." ela precisou parar para engulir a seco, "mas você não pode sai dizendo 'te amo' por aí, sabia? O coração de uma garota é muito mais frágil do que você pensa, e as consequências de partir um coração feminino são maiores do que você imagina, querido."
"Querido" é o apelido carinhoso que, com aquele tom de ironia que ela tem, consegue ser pior do que ser xingado de formas muito baixas, mas ele fingiu não perceber, ela estava ferida só isso, já passa e quando passar ela vai estar apaixonada por ele ainda, sempre foi assim e ele sabia. Será mesmo que ela é só um brinquedo para ele?


Hanny Writter, 16/03/2011

sábado, 8 de janeiro de 2011

E volto a pensar em destinos...


Foto antiga minha, minha sombra na janela do quarto.

Se houver verdade absoluta, concreta, real, exata, por favor, não me conte.
Se você consegue, com uma palavra, me desfazer em mel por desejo de você, qual o motivo da dor que sinto quando você não está?
Porque cada arrepio só me lembra você, e só! Me lembra seus beijos incontroláveis, suas mãos que só sabem dedilhar-me e deslizar por minhas costas e cintura, descobrindo o que meu corpo esconde.
Porque cada suspiro é por e para você, porque me falta o ar, porque o coração é algo que pesa em meu peito e porque eu ainda não sei amar.
Certo, talvez eu saiba, e até ame outro homem, mas é por você que minha pele queima, que meu sangue rasga as veias doloridas e que eu faço tolices...
É por você, e só por você, que eu gasto minhas inseguranças imaginando se devo, ou não, ligar. É por você que mordo meus lábios, me sinto culpada e sei que sou apenas mais uma boba apaixonada.
Foi você que me mostrou onde mora a paixão, onde se esconde meus desejos e que o medo insiste em bater na minha porta.
Foi você quem me ensinou que vale a pena me entregar, mesmo que você tenha sido o único que não me disse isso.
Foi com você que eu sonhei, é de você que eu falo, é de você que sinto saudades.
É de você que lembro quando me vem um sorriso de quem precisa de álibi e que eu tenho disfarçar com olhares culpados para os lados.
É das suas piadas bobas, expressões diferentes e voz de ocupado que eu sorrio e me sinto idiota por isso depois.
É com você que quero me entrelaçar, deitar de mãos dadas e sentir só o calor do seu corpo na cama e nada mais.
É o seu sono que eu quero admirar, seu sorriso de quem sonha, seus tremiliques ou qualquer outra coisa que você faça dormindo.
Porque eu sei que toda vez que eu tento escrever é por você e que e cansei de ensaiar frases para te dizer e sei que não adianta mandar todas as indiretas pelos ventos virtuais, você simplesmente não vai entender.
Eu me sinto farta, farta de ler milhares de mensagens que não são suas, farta de saber que você não pensa em mim enquanto eu penso em você, farta de imaginar as trocentas garotas com quem você pode estar, farta de pensar em te esquecer, sabendo que eu não quero.
Mas o que mais dói, o que me machuca e deixa cicatrizes doloridas em alto relevo é saber que eu me entrego a você, por qualquer sorriso torto ou meia dúzia de versos mal-feitos, por qualquer coisa, desde que venha de você.
O que me mata é o que me faz viver, nunca imaginei que essas frases clichês seriam escritas por mim ou que eu passasse por uma situação assim, mas o que mais me fere o orgulho é saber que eu não abriria mão de você, nem para ver se você viria atrás de mim.
Você me faz esperar por finais felizes, por contos de fadas, tira o que existiu de racional em mim, me tira do sério com seu jeito de dizer "Baby", me mastiga com seus dentes de sorrisos perfeitos, me abandona e sempre me faz voltar quando diz "doceira" ou "quero sim".
É por sua causa que quase não controlo minha vontade de ir contra minha mania de nunca dizer "beijo" antes desligar o telefone ou de me fazer sempre de forte. É por sua causa que eu sinto que a caixa de Pandora de sentimentos que eu guardo em mim pode se abrir e o pior: sei que posso gostar.
E é por sua causa que termino um texto assim:
"Tudo rola, baby"
Hanny Writter,
08/01/2011.
Dedicado ao que existe em mim,
que eu não conheço,
que pode ser amargo
mas que insiste em ser doce...
Dedicado ao poeta que abriu as portas
dos muros que ergui em mim
usando o que ele nem sabe que tem.
Dedicado ao beijo na praça,
às músicas que cantamos,
à fonte do quintal
e a todo o resto que ainda pode acontecer.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

E quem um dia irá dizer que existe razão pras coisas feitas pelo coração?


E quem irá dizer que não existe razão? - Renato Russo "Eduardo e Mônica"
E é bem próximo disso mesmo...

A moça tinha belos olhos e o rapaz não podia parar de observá-la. E não eram só os olhos, era inteiramente linda. Um sorriso que hipnotizava e o vento em seus cabelos fazia o mundo parecer estático. O rapaz a queria, isso porque nem a conhecia, mas a alma dela, que emanava vida, o capturou e só. O que mais ele faria?
Uma aproximação, breve e tímida, ele a cumprimentou, "Oi" "Olá" e ela sorriu. "Qual o seu nome?" "Ana" "Eduardo, prazer!". Então a conversa fluiu, algo estranho no ar, até que foram embora.
No dia seguinte, ao acordar, ele pensava se deveria mesmo mesmo ligar, já discara o número e desistira algumas vezes... Deveria tomar coragem! Quando finalmente ligou, caiu na caixa de mensagens... "Tanto para nada?" pensava, triste.
Dias se passaram e nada de retorno, resolvera então esquecer o acontecido, mas o sorriso insistia em aparecer nos pensamentos. Uma semana e meia, número apagado, momento esquecido, leve lembrança de um rosto que não sabia mais como de fato era. Um fim de semana a mais, passou-se até o mês. Quem nunca perdeu as esperanças em um caso que é improvável?
Eduardo conheceu Clara, Fernanda, Estela, Laura... namorava há mais de um ano a Bárbara e era feliz. Um dia voltou à cidade em que morou na adolescência, 5 anos depois de ter se mudado, e buscava antigas lembranças de sua vida antes da faculdade. Resolveu, então, ir à sorveteria onde sempre encontrava com os amigos antes das festas.
Nostálgico e desligado do mundo, tomava seu sorvete sem nem saber para onde olhava. de repente um susto! Acordara de seu transe ao ser tocado, levemente, no ombro. Em um pulo, se vira para ver quem o assustou e deparou-se com um sorriso inexplicavelmente estonteante, não viu, nem poderia, nada mais. Do sorriso vieram, doces, palavras, que disseram "Quanto tempo? Nem lembro-me mais... Esperei, até hoje, você me ligar." Era Ana, a garota mais bonita que conhecera, hoje, uma mulher maravilhosa, dizendo que esperara por ele? Que tipo de engano poderia ter-lhes acontecido? Número errado? Mas, anos depois, Eduardo e Ana se reencontraram.
Namoro que durou 6 anos, casamento que já deu-lhes 3 filhos, uma vida inteira para amar.
O destino não escreve os caminhos, mas
escolhe os pontos de chegada!

Hanny Writter,
05/01/2001



segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Poema

Bem, encontrei este poema no computador ao fuçar documentos. Por mais que ele seja recente, não consigo me lembrar de tê-lo escrito, mas gostei bastante! Espero que gostem também... Ah! Coloquei aqui no título o nome que usei pra salvar o arquivo, achei que poderia ser interessante!


Quando o vento sopra,
Quando não existe explicações,
No momento exato de tudo, ou nada,
Quando simplesmente sente-se e só.

Então há um sorriso,
que vive guardado na memória,
De um alguém diferente,
Aquele que mexe com o que se sente.

Sabor que começa num simples toque,
que se desenvolve num beijo
e que só o tempo diz onde vai parar...

O mel de boca em boca,
O desejo em troca
A paixão queimou...


Erika Amaral, 23/12/2010

sábado, 1 de janeiro de 2011

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"Morrer de amor não é difícil, viver de amor é que é difícil" Zeca Baleiro

E aquela dor estranha me vem novamente...
uma porrada no peito,
de dentro para fora,
e a lágrima que insiste em cair

Feito erva daninha,
A dor cria raiz e se espalha...
Como se nunca pudesse ser retirada,
Como se meu peito fosse sua morada.

Angustia que me faz abrir a janela...
Então vê-se o corpo pendurar-se...
o vento que toca meus cabelos...
e a voz que me diz para voltar.

Num surto de lágrimas e murmuros,
Volto à cama, me sento,
o nó na garganta cresce
fazendo com que eu não contenha a vontade de gritar.

Grito que não sei
se foi silencioso ou histérico,
mas a porta não se abriu...
Ninguém percebeu.

Arrepios, suspiros...
Me falta o ar,
Dor maldita, impensada,
ingrata, dor maldita!

Respiro, me componho...
Seco as lágrimas, olho no espelho.
Esboço um sorriso...
E aquela dor estranha me vem novamente...

Hanny Writter (Erika Amaral)
30.12.2010