sábado, 8 de janeiro de 2011

E volto a pensar em destinos...


Foto antiga minha, minha sombra na janela do quarto.

Se houver verdade absoluta, concreta, real, exata, por favor, não me conte.
Se você consegue, com uma palavra, me desfazer em mel por desejo de você, qual o motivo da dor que sinto quando você não está?
Porque cada arrepio só me lembra você, e só! Me lembra seus beijos incontroláveis, suas mãos que só sabem dedilhar-me e deslizar por minhas costas e cintura, descobrindo o que meu corpo esconde.
Porque cada suspiro é por e para você, porque me falta o ar, porque o coração é algo que pesa em meu peito e porque eu ainda não sei amar.
Certo, talvez eu saiba, e até ame outro homem, mas é por você que minha pele queima, que meu sangue rasga as veias doloridas e que eu faço tolices...
É por você, e só por você, que eu gasto minhas inseguranças imaginando se devo, ou não, ligar. É por você que mordo meus lábios, me sinto culpada e sei que sou apenas mais uma boba apaixonada.
Foi você que me mostrou onde mora a paixão, onde se esconde meus desejos e que o medo insiste em bater na minha porta.
Foi você quem me ensinou que vale a pena me entregar, mesmo que você tenha sido o único que não me disse isso.
Foi com você que eu sonhei, é de você que eu falo, é de você que sinto saudades.
É de você que lembro quando me vem um sorriso de quem precisa de álibi e que eu tenho disfarçar com olhares culpados para os lados.
É das suas piadas bobas, expressões diferentes e voz de ocupado que eu sorrio e me sinto idiota por isso depois.
É com você que quero me entrelaçar, deitar de mãos dadas e sentir só o calor do seu corpo na cama e nada mais.
É o seu sono que eu quero admirar, seu sorriso de quem sonha, seus tremiliques ou qualquer outra coisa que você faça dormindo.
Porque eu sei que toda vez que eu tento escrever é por você e que e cansei de ensaiar frases para te dizer e sei que não adianta mandar todas as indiretas pelos ventos virtuais, você simplesmente não vai entender.
Eu me sinto farta, farta de ler milhares de mensagens que não são suas, farta de saber que você não pensa em mim enquanto eu penso em você, farta de imaginar as trocentas garotas com quem você pode estar, farta de pensar em te esquecer, sabendo que eu não quero.
Mas o que mais dói, o que me machuca e deixa cicatrizes doloridas em alto relevo é saber que eu me entrego a você, por qualquer sorriso torto ou meia dúzia de versos mal-feitos, por qualquer coisa, desde que venha de você.
O que me mata é o que me faz viver, nunca imaginei que essas frases clichês seriam escritas por mim ou que eu passasse por uma situação assim, mas o que mais me fere o orgulho é saber que eu não abriria mão de você, nem para ver se você viria atrás de mim.
Você me faz esperar por finais felizes, por contos de fadas, tira o que existiu de racional em mim, me tira do sério com seu jeito de dizer "Baby", me mastiga com seus dentes de sorrisos perfeitos, me abandona e sempre me faz voltar quando diz "doceira" ou "quero sim".
É por sua causa que quase não controlo minha vontade de ir contra minha mania de nunca dizer "beijo" antes desligar o telefone ou de me fazer sempre de forte. É por sua causa que eu sinto que a caixa de Pandora de sentimentos que eu guardo em mim pode se abrir e o pior: sei que posso gostar.
E é por sua causa que termino um texto assim:
"Tudo rola, baby"
Hanny Writter,
08/01/2011.
Dedicado ao que existe em mim,
que eu não conheço,
que pode ser amargo
mas que insiste em ser doce...
Dedicado ao poeta que abriu as portas
dos muros que ergui em mim
usando o que ele nem sabe que tem.
Dedicado ao beijo na praça,
às músicas que cantamos,
à fonte do quintal
e a todo o resto que ainda pode acontecer.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

E quem um dia irá dizer que existe razão pras coisas feitas pelo coração?


E quem irá dizer que não existe razão? - Renato Russo "Eduardo e Mônica"
E é bem próximo disso mesmo...

A moça tinha belos olhos e o rapaz não podia parar de observá-la. E não eram só os olhos, era inteiramente linda. Um sorriso que hipnotizava e o vento em seus cabelos fazia o mundo parecer estático. O rapaz a queria, isso porque nem a conhecia, mas a alma dela, que emanava vida, o capturou e só. O que mais ele faria?
Uma aproximação, breve e tímida, ele a cumprimentou, "Oi" "Olá" e ela sorriu. "Qual o seu nome?" "Ana" "Eduardo, prazer!". Então a conversa fluiu, algo estranho no ar, até que foram embora.
No dia seguinte, ao acordar, ele pensava se deveria mesmo mesmo ligar, já discara o número e desistira algumas vezes... Deveria tomar coragem! Quando finalmente ligou, caiu na caixa de mensagens... "Tanto para nada?" pensava, triste.
Dias se passaram e nada de retorno, resolvera então esquecer o acontecido, mas o sorriso insistia em aparecer nos pensamentos. Uma semana e meia, número apagado, momento esquecido, leve lembrança de um rosto que não sabia mais como de fato era. Um fim de semana a mais, passou-se até o mês. Quem nunca perdeu as esperanças em um caso que é improvável?
Eduardo conheceu Clara, Fernanda, Estela, Laura... namorava há mais de um ano a Bárbara e era feliz. Um dia voltou à cidade em que morou na adolescência, 5 anos depois de ter se mudado, e buscava antigas lembranças de sua vida antes da faculdade. Resolveu, então, ir à sorveteria onde sempre encontrava com os amigos antes das festas.
Nostálgico e desligado do mundo, tomava seu sorvete sem nem saber para onde olhava. de repente um susto! Acordara de seu transe ao ser tocado, levemente, no ombro. Em um pulo, se vira para ver quem o assustou e deparou-se com um sorriso inexplicavelmente estonteante, não viu, nem poderia, nada mais. Do sorriso vieram, doces, palavras, que disseram "Quanto tempo? Nem lembro-me mais... Esperei, até hoje, você me ligar." Era Ana, a garota mais bonita que conhecera, hoje, uma mulher maravilhosa, dizendo que esperara por ele? Que tipo de engano poderia ter-lhes acontecido? Número errado? Mas, anos depois, Eduardo e Ana se reencontraram.
Namoro que durou 6 anos, casamento que já deu-lhes 3 filhos, uma vida inteira para amar.
O destino não escreve os caminhos, mas
escolhe os pontos de chegada!

Hanny Writter,
05/01/2001



segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Poema

Bem, encontrei este poema no computador ao fuçar documentos. Por mais que ele seja recente, não consigo me lembrar de tê-lo escrito, mas gostei bastante! Espero que gostem também... Ah! Coloquei aqui no título o nome que usei pra salvar o arquivo, achei que poderia ser interessante!


Quando o vento sopra,
Quando não existe explicações,
No momento exato de tudo, ou nada,
Quando simplesmente sente-se e só.

Então há um sorriso,
que vive guardado na memória,
De um alguém diferente,
Aquele que mexe com o que se sente.

Sabor que começa num simples toque,
que se desenvolve num beijo
e que só o tempo diz onde vai parar...

O mel de boca em boca,
O desejo em troca
A paixão queimou...


Erika Amaral, 23/12/2010

sábado, 1 de janeiro de 2011

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"Morrer de amor não é difícil, viver de amor é que é difícil" Zeca Baleiro

E aquela dor estranha me vem novamente...
uma porrada no peito,
de dentro para fora,
e a lágrima que insiste em cair

Feito erva daninha,
A dor cria raiz e se espalha...
Como se nunca pudesse ser retirada,
Como se meu peito fosse sua morada.

Angustia que me faz abrir a janela...
Então vê-se o corpo pendurar-se...
o vento que toca meus cabelos...
e a voz que me diz para voltar.

Num surto de lágrimas e murmuros,
Volto à cama, me sento,
o nó na garganta cresce
fazendo com que eu não contenha a vontade de gritar.

Grito que não sei
se foi silencioso ou histérico,
mas a porta não se abriu...
Ninguém percebeu.

Arrepios, suspiros...
Me falta o ar,
Dor maldita, impensada,
ingrata, dor maldita!

Respiro, me componho...
Seco as lágrimas, olho no espelho.
Esboço um sorriso...
E aquela dor estranha me vem novamente...

Hanny Writter (Erika Amaral)
30.12.2010