sábado, 1 de janeiro de 2011

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"Morrer de amor não é difícil, viver de amor é que é difícil" Zeca Baleiro

E aquela dor estranha me vem novamente...
uma porrada no peito,
de dentro para fora,
e a lágrima que insiste em cair

Feito erva daninha,
A dor cria raiz e se espalha...
Como se nunca pudesse ser retirada,
Como se meu peito fosse sua morada.

Angustia que me faz abrir a janela...
Então vê-se o corpo pendurar-se...
o vento que toca meus cabelos...
e a voz que me diz para voltar.

Num surto de lágrimas e murmuros,
Volto à cama, me sento,
o nó na garganta cresce
fazendo com que eu não contenha a vontade de gritar.

Grito que não sei
se foi silencioso ou histérico,
mas a porta não se abriu...
Ninguém percebeu.

Arrepios, suspiros...
Me falta o ar,
Dor maldita, impensada,
ingrata, dor maldita!

Respiro, me componho...
Seco as lágrimas, olho no espelho.
Esboço um sorriso...
E aquela dor estranha me vem novamente...

Hanny Writter (Erika Amaral)
30.12.2010

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