quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

E quem um dia irá dizer que existe razão pras coisas feitas pelo coração?


E quem irá dizer que não existe razão? - Renato Russo "Eduardo e Mônica"
E é bem próximo disso mesmo...

A moça tinha belos olhos e o rapaz não podia parar de observá-la. E não eram só os olhos, era inteiramente linda. Um sorriso que hipnotizava e o vento em seus cabelos fazia o mundo parecer estático. O rapaz a queria, isso porque nem a conhecia, mas a alma dela, que emanava vida, o capturou e só. O que mais ele faria?
Uma aproximação, breve e tímida, ele a cumprimentou, "Oi" "Olá" e ela sorriu. "Qual o seu nome?" "Ana" "Eduardo, prazer!". Então a conversa fluiu, algo estranho no ar, até que foram embora.
No dia seguinte, ao acordar, ele pensava se deveria mesmo mesmo ligar, já discara o número e desistira algumas vezes... Deveria tomar coragem! Quando finalmente ligou, caiu na caixa de mensagens... "Tanto para nada?" pensava, triste.
Dias se passaram e nada de retorno, resolvera então esquecer o acontecido, mas o sorriso insistia em aparecer nos pensamentos. Uma semana e meia, número apagado, momento esquecido, leve lembrança de um rosto que não sabia mais como de fato era. Um fim de semana a mais, passou-se até o mês. Quem nunca perdeu as esperanças em um caso que é improvável?
Eduardo conheceu Clara, Fernanda, Estela, Laura... namorava há mais de um ano a Bárbara e era feliz. Um dia voltou à cidade em que morou na adolescência, 5 anos depois de ter se mudado, e buscava antigas lembranças de sua vida antes da faculdade. Resolveu, então, ir à sorveteria onde sempre encontrava com os amigos antes das festas.
Nostálgico e desligado do mundo, tomava seu sorvete sem nem saber para onde olhava. de repente um susto! Acordara de seu transe ao ser tocado, levemente, no ombro. Em um pulo, se vira para ver quem o assustou e deparou-se com um sorriso inexplicavelmente estonteante, não viu, nem poderia, nada mais. Do sorriso vieram, doces, palavras, que disseram "Quanto tempo? Nem lembro-me mais... Esperei, até hoje, você me ligar." Era Ana, a garota mais bonita que conhecera, hoje, uma mulher maravilhosa, dizendo que esperara por ele? Que tipo de engano poderia ter-lhes acontecido? Número errado? Mas, anos depois, Eduardo e Ana se reencontraram.
Namoro que durou 6 anos, casamento que já deu-lhes 3 filhos, uma vida inteira para amar.
O destino não escreve os caminhos, mas
escolhe os pontos de chegada!

Hanny Writter,
05/01/2001



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