quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Solidão


Solidão é lava que cobre tudo
Amargura em minha boca
Sorri seus dentes de chumbo
Solidão palavra cavada no coração
Resignado e mudo
No compasso da desilusão

Desilusão, desilusão
Danço eu dança você
Na dança da solidão

Camélia ficou viúva,
Joana se apaixonou,
Maria tentou a morte, por causa do seu amor
Meu pai sempre me dizia, meu filho tome cuidado
Quando eu penso no futuro, não esqueço o meu passado

Desilusão, desilusão
Danço eu dança você
Na dança da solidão

Quando vem a madrugada, meu pensamento vagueia,
Corro os dedos na viola, contemplando a lua cheia,
Apesar de tudo existe, uma fonte de água pura,
Quem beber daquela água não terá mais amargura.

Desilusão, desilusão
Danço eu dança você
Na dança da solidão”

Solidão me arrasta,
Me leva, me arrasa.

Mesmo que eu não queira,

Mesmo que eu não a procure.

Quem ela pensa ser?

Acha que pode decidir o que fazer?

Quem ela pensa que sou?

Vai destruir o que, de mim, restou?

Sozinha, pela casa, escuto o que não existe,

Sinto, penso, faço coisas que não quero,

E tento escrever, inútil, terrível,

Nem consigo me expressar.

Quem levou o que eu sempre fui para longe?

Quem me fez abandonar-me?

Como posso encontrar a mim mesma?

Quem será que sou?

Hanny Writter (Erika Amaral)

09/04/2010


Esse é antigo, mas eu gosto bastante!

Carpe :D ahahha

2 comentários:

  1. Prima, as perguntas dos poetas serão sempre retóricas, vai se acostumando, rs.

    Beijo, flor.

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  2. Fantástico.
    Com o tempo, eu consegui tirar proveito dessa solidão, e as vezes ela não aparenta ser tão ruim.
    Bom, voce vai ser tachada de louca, mas nada a ver ;x
    hahhahahah!
    Abraços e parabéns!
    Gostei demais!

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