quinta-feira, 22 de março de 2012

Sonho


"Nem um beijo, nem uma certeza, mas foi perfeito."


Sorri, sozinha, e novamente se vira na cama. "Sei que é só um sonho... Não quero acordar". Quanto tempo ela poderia se segurar naquela pequena ilusão? Quanto tempo dura um sonho? Dentro daquele sonho ela ainda era amada, e ainda ama. Ama um ele que não está ali de verdade, que não se sabe como realmente vai. Ama.
Por quanto tempo ainda sonha? Por quanto tempo vai dormir? Ela sente a alma "voltar" para o corpo, sabe que acordou, mas continua de olhos fechados e imaginando o que poderia vir depois, até onde iria aquele sonho para deixá-la satisfeita de sonhar? Ela teria depois para quem contar? Ou ela vai preferir guardar aquela lembrança? Um sonho... e ela, por estar tão feliz, talvez nostálgica, não sabe mas nem se foi certo ou errado, foi sonho, só sonho... ?
Já acordada, mas ainda na cama, ela procura se lembrar de detalhes, tentar lembrar-se do sonho por inteiro, talvez seja melhor escrevê-lo na agenda, rápido... para que possa ler depois, quantas vezes quiser, e lembrar-se das sensações, dos sorrisos. Ela pôde sentir tudo, os olhares dele, e só dele, o cheiro, o toque da pele e o sonho não passou disso... olhares, cheiros e leves toques de pele. Nem um beijo, nem uma certeza, mas foi perfeito. "Não, não vou guardar, não vou arriscar minha pouca racionalidade com tanta fantasia, não vou me iludir com minha própria imaginação. Não". Minha própria imaginação.
É, não importa o que mude, não importa o tempo que passe, e o que passe, algumas coisas são para sempre dentro dela. Para sempre uma lembrança, um conto de fadas, uma ilusão. Para sempre aquele sentimento de menina, as idealizações de perfeição, uns momentos bonitos e é isso. O que o romantismo não faz!

Hanny Writter
22/03/2012

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