
Foi um sorriso,
A necessidade que os japoneses sentem de estarem ligados à natureza é nítida em seu dia a dia e, obviamente, no modo de construir e planejar não poderia ser diferente. Desde o local onde vai ser feito até quais materiais serão utilizados, tudo escolhido dentro dessa necessidade.
Temos uma citação de parte de um livro que pode ilustrar perfeitamente essa ligação com a natureza (os créditos ao autor se encontram no final do post):
“Nenhum povo amou tanto a natureza, povo nenhum com ela tanto se identificou. Jamais negou-a como aconteceu com o grego que, para mais dela se distanciar, criou a Praça(…)” *
Essa ligação com a natureza é, muitas vezes, feita através de um elo religioso e/ou espiritual, citação do mesmo autor (sobre os jardim japonês):
“Reflete em sua grandiosidade artística todas as artes do povo nipônico – é uma sinfonia verde – quase diria um verde santuário. Já não espelha a herança chinesa, é puro japonês. (…)
Sua origem se prende tanto ao naturalismo shintoísta-panteísta japonês como aos alcances de suas outras seitas religiosas.
O zen-budismo sobretudo deitou raízes na alma japonesa e, pela determinação do esvaziamento da mente procurou dar ao homem a tranquilidade necessária ao viver.” *
Para entender a cultura japonesa e suas criações, é necessário nos reportar a suas raízes budistas. Este, originário da Índia, “é um Caminho de conhecimento através do qual o homem procura buscar o significado da vida e a alegria de ter nascido, alcançando o mais elevado grau de autoconsciência possível”**. O caminho de Buda foi o estímulo para o desenvolvimento de várias formas de arte, elevando-as do nível puramente técnico e estético à dimensão de Caminho, fazendo da arte uma filosofia de vida, cheia de princípios e razões.
Esse lado “zen” que e mostra tão forte e cheio de influência nas culturas orientais é o elo entre o homem e a natureza, mostrando que desde sua origem eles já sabiam a importância dessa ligação, já que nós, seres humanos, nada somos além de parte da natureza e dela precisamos estar próximos. Todos somos energia, uma energia tão forte que se fez matéria, a natureza é quem acolhe e renova a nossa energia e o que seria Deus se não o regente sobre toda a energia do Universo? Deus é a energia primária.
“Nada faço por mim mesmo…; mas o Pai, que permanece em mim é que realiza as suas próprias obras. …aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores que esta”. Cristo – Jo 8:28, 14:10-12
Créditos aos autores:
*Hélio de Queiroz Duarte em “Permanência do fazer artístico no Japão – Notas sobre o Japão – ”, 1975.
** Ricardo Mário Gonçalves em “DO, a essência da cultura japonesa”, 2004
Obrigada,
Erika Amaral, 04/11/2010
Um dia descobre-se que o céu é azul devido à mudança de camadas entre os elétrons do ozônio e não porque azul é uma cor que traz a calma e contrasta tão bem com o amarelo do sol, que não é amarelo mais…
Descobre-se, um dia, que muitas das estrelas que vemos no céu já morreram e nós só somos capaz de vê-las ainda porque sua luz continua viajando pelo espaço.
É possível descobrir um dia que todo o amor que você jurou ao seu primeiro namorado foi inocente e puro, porém, passou…
Percebe-se que nem tudo que acontece foi escrito por Deus, mas, se você for religioso pode ainda acreditar que ele escreveu alguns finais, porém você deveria descobrir sozinho o caminho para chegar até eles…
Um dia se descobre que seus amigos e familiares não vão viver para sempre e que em algum momento você terá que aceitar a perda de muitos deles.
Você entende, então, que você cresce, e se desenvolve, e vai ter que aprender a se cuidar sozinho…
Mas é aí que você pode olhar para o lado e ver tudo o que conquistou, tudo aquilo pelo que lutou e se sente feliz!
Quando podemos olhar para nossa vida e ter boas lembraças significa que fizemos coisas que valeram a pena. Valeu a pena chorar, lutar, cansar, sorrir, correr, estudar, sonhar… Valeu a pena VIVER!
Beijos, cheiros e carinhos,
Hanny Writter (Erika Amaral),
05/08/2008
Olá, Brilhinhos nos olhos!
Esse texto foi escrito há 2 anos já... hehehe
Bem, mas lendo este eu posso perceber que mesmo com as mudanças de pensamento, mesmo com o amadurecimento, algumas coisas simplesmente não mudam (:
"Tem coisa que não muda"
“Solidão é lava que cobre tudo
Amargura em minha boca
Sorri seus dentes de chumbo
Solidão palavra cavada no coração
Resignado e mudo
No compasso da desilusão
Desilusão, desilusão
Danço eu dança você
Na dança da solidão
Camélia ficou viúva,
Joana se apaixonou,
Maria tentou a morte, por causa do seu amor
Meu pai sempre me dizia, meu filho tome cuidado
Quando eu penso no futuro, não esqueço o meu passado
Desilusão, desilusão
Danço eu dança você
Na dança da solidão
Quando vem a madrugada, meu pensamento vagueia,
Corro os dedos na viola, contemplando a lua cheia,
Apesar de tudo existe, uma fonte de água pura,
Quem beber daquela água não terá mais amargura.
Desilusão, desilusão
Danço eu dança você
Na dança da solidão”
Solidão me arrasta,
Me leva, me arrasa.
Mesmo que eu não queira,
Mesmo que eu não a procure.
Quem ela pensa ser?
Acha que pode decidir o que fazer?
Quem ela pensa que sou?
Vai destruir o que, de mim, restou?
Sozinha, pela casa, escuto o que não existe,
Sinto, penso, faço coisas que não quero,
E tento escrever, inútil, terrível,
Nem consigo me expressar.
Quem levou o que eu sempre fui para longe?
Quem me fez abandonar-me?
Como posso encontrar a mim mesma?
Quem será que sou?
Hanny Writter (Erika Amaral)
09/04/2010
Esse é antigo, mas eu gosto bastante!
Carpe :D ahahha